E se der medo? Vai com medo mesmo!

    Algodão comparando com uma nuvem


Era uma sexta-feira comum, diferente da de hoje, aliais, o último dia de férias sempre é um dia de empolgação e de esperança. Mas, me lembro de ter sentado no sofá, e depois de ter um papo com Deus, eu percebi, sou feliz - assim como hoje, e é exatamente aí que mora o perigo.

Todos nós vivemos em busca de ser feliz, e isso não é novidade para ninguém. Queremos passar os nossos dias ao lado das pessoas que amamos, tirar pelo menos uma hora do dia para nós mesmos, fazer algo que nos faça liberar endorfina, e ao final do dia só ter o que agradecer.

Já cheguei a imaginar que era impossível algo de ruim acontecer, por tamanha felicidade que eu estava sentido, porque afinal, precisamos ser felizes primeiro sozinhos, e eu era, até que uma tempestade se armou e levou com ela o meu riso fácil.

Claro que, isso já faz um tempo, mais tarde, um pouco mais maduros entendemos que algumas coisas ruins que acontecem são para nos fortalecer.

Mas, hoje, depois de ter escalado um pouco mais, tenho até medo de assumir que sou feliz, porque vai que o destino escuta e encara como um desafio.

E foi então que eu percebi que estou com medo, mas dessa vez é diferente, não tenho mais medo de ser desapontada, mas sim de desapontar, medo de não amar o bastante, de não dar o bastante, de não ser o bastante... e esse medo, vai se arrastando em tudo que eu faça, parece que os meus pensamentos sempre estão a mil anos na minha frente, fico imaginando tantas coisas que podem acontecer, que acabo me perdendo.

A questão é, que não posso deixar com que o medo me domine, não posso deixar de sonhar e principalmente de ser quem sou. Sem dúvida, as pessoas que me amam irão amar a minha essência, não apenas a minha alegria dos dias bons. Pensar assim me fortalece.

Até porque, se eu pensar em tudo que está por vir e desistir de tudo agora, não vou perder só as coisas ruins, mas principalmente tudo de bom que está reservado para mim.

O tempo tem passado tão depressa, não podemos nos permitir parar por medo, que a gente pare só se for por amor. Ao contrário, está proibido parar agora.

Então, que eu tenha a sorte de acordar na segunda-feira, mesmo que não me sinta pronta, é hora de começar de novo, ser mais uma vez o melhor que eu possa ser, e deixar que o autor dessa história, cuide do resto.

Romantismo a parte: Aquele garoto do bar.

    Esses dias, combinamos de nos encontrar no bar, seria comum essa frase há dois anos atrás. Tantas sextas-feiras, tantos finais de semana naquele lugar. Aquele dia era diferente, fui com as amigas e combinei de encontrar com ele. É, com ele mesmo. Aquele garoto que me tirava o fôlego – e virava a cabeça, fazia ver borboletas e tudo mais.


    Tudo bem né, qual o problema. Cada um com seu grupo e então, a gente se acha. Cheguei e esbarrei com um olhar. Puta que Pariu. Perdi a respiração. Cheguei a sentir todas as borboletas de novo. Adivinhem quem era? Claro que era ELE. Depois de tanto tempo, continua sendo o olhar dele, que me faz abrir o sorriso só de chegar a se esbarrar. 

   Outra vez, passei de carro e vi um garoto em um bar. Olhei de raspão e pensei: Que menino! Olhe de novo, e era? Ele, sim. Me virando a cabeça de novo.

   Logo eu, que nunca quis acreditar que algo tão forte poderia acontecer. Justo eu, que batia no peito que ninguém iria ficar. Ele chegou e transbordou. E transborda cada dia mais.

  O silêncio dele se fez companhia na minha bagunça. A rotina se fez presente, talvez. Mas o coração, ah! Esse coração... Esse coração palpita só de saber que ele tá chegando. Só de saber que é ele ligando.


   Talvez eu esteja mesmo apaixonada, ou talvez, seja só o destino sempre nos dizendo que não importa quantas voltas o mundo dê, quantos bares e ruas a gente se esbarre.... Vou perder o ar, e encontrar a sintonia toda vez que encontrar com os olhos dele.  


Não é sobre amor: é sobre saudade


Saudade. Essa palavra tem me definido nos últimos meses.
Daquelas que apertam, e que dá vontade de gritar, até se esvaziar. Mas eu sei que não é assim que vou me livrar dela.

Todos os dias, em qualquer hora, seja lá o que eu estiver fazendo, tem sempre algo dele.
Todas as manhãs, lembro dele, sempre com o olho meio aberto, me dando bom dia e sempre dando uma piscada, como quem diz "que bom ver você logo cedo".
Sempre me abençoando quando a gente se despedia, sempre feliz e aliviado com a minha chegada. Sempre encheu a boca para me chamar de "minha menina", e preciso que ele saiba que sempre serei.

As vezes tudo isso parece um pesadelo, e em alguns dias eu acordo com essa sensação, mas, não é. Não é fácil aceitar que vou ter que me acostumar com a vida sempre incompleta, porque sempre vai faltar ele, sempre.

Tenho lembranças tão lindas, daquelas que gostaria de poder gravar, só para poder mostrar para os meus filhos, eles precisarão conhecer a melhor pessoa que eu já conheci. Na verdade, basta me conhecer um pouco, afinal, ele se foi, mas deixou muito de si em mim. Tenho muito orgulho disso.

Tá aí, orgulho é algo que sinto em ter vivido - mesmo que pouco - com ele. Não tenho dúvida de que, a sua falta tem se tornado meu combustível, agora mais do que nunca quero realizar as coisas que ele queria para mim. Mas não é sempre que tudo é assim, uma vez ou outra, os dias são nublados, onde a saudade chega a queimar, e nada parece aliviar.

Dizem que o tempo alivia, que ele faz com que as coisas melhorem, mas, se a tendencia é que a saudade aumente, como isso é possível?

Queria muito que tudo isso servisse de lição, para que você não deixe de dizer "eu te amo" para as pessoas mais importantes, ou para quem acabou de amar. Gostaria que as pessoas aprendessem pelo menos um pouco com tudo isso que aconteceu, que se cuidassem, e principalmente que cuidem das pessoas que amam.

Sei que está escrito meio que nas entrelinhas, mas vocês sabem que esse texto não é sobre amor.

Por que as pessoas ainda me vêem como um ovo?


Alguns anos atrás eu ouvi de uma amiga minha a teoria de que na realidade, eu sou um "ovo", ou era, pelo menos eu acreditava que essa fase da minha vida já tinha passado.

Essa teoria foi criada, porque muitas pessoas me achavam frágil, e a frase preferida delas era “não quero te machucar”. Como se o “ não tentar”, “não fazer” não machucasse, não tivesse feito com que eu me sentisse alguém sem importância, e sem a capacidade de ser feliz. Nunca entendi porque algumas pessoas me enxergam como alguém de porcelana, protagonista de novela mexicana, alguém que sofre fácil pelas coisas.

Isso por um tempo pareceu mudar, eu tive alguns “sim’s”, e nem imaginam o quanto foi bom ter a oportunidade de tentar, de ter alguém que confiasse e apostasse em mim. Mas, agora, depois de alguns anos, voltei a me sentir um ovo, ou talvez na mente das outras pessoas eu nem tenha deixado de ser.

Se eles soubessem metade dos desafios que eu já enfrentei, se imaginassem os medos que eu já superei, as crises, os tropeços, tantas outras coisas que já me derrubaram, e mesmo assim, continuo aqui, levantei.

Por isso caros leitores, informo oficialmente que não, não sou um ovo, não aceito ser vista assim. Não vou me machucar se as coisas não saírem do jeito que eu planejei, não vou chorar uma noite inteira por receber o seu não, não vou morrer por ter sido magoada por alguém em quem confiei. Pode até ser que alguém me machuque, mas vou sobreviver, acredite! E juro que não é filosofia, costumo apagar todas as coisas ruins das minhas experiências, e manter sempre o aprendizado, juro, é verdade.

Não sou de vidro, meus sentimentos também não, não sou um ovo, se eu quebrar não vou fazer tanta bagunça, e muito menos ter cheiro forte.

E na realidade, a única (ÚNICA MESMO) parte boa de ser “um ovo” é que só se aproximam pessoas corajosas, só gente que é destemida e gostam de fazer as coisas acontecerem, mas mesmo assim, deixo bem claro com letras gritantes: NÃO SOU UM OVO, NÃO VOU QUEBRAR, nunca nem precisei passar super bonder nos meus cacos para funcionar.

Por isso, não use como desculpa o medo de que eu me machuque ou quebre, assuma os seus medos e as suas consequências por você, não por mim.

Era pra ser um texto qualquer...


Depois de um certo tempo, nos damos conta de que o tempo passou, de que as responsabilidades multiplicaram-se, estamos mais cansados, e que nem se quer conhecemos as "gírias" que andam falando por aí. É então que nos pegamos imaginando se aproveitamos tudo que estava ao nosso alcance, e se buscamos tudo aquilo que não estava.

O problema do tempo passar, é que sempre vai nos deixar a impressão de que tudo foi muito rápido e poderíamos ter aproveitado mais. Os problemas surgem, as pessoas somem, até mesmo aqueles com quem você sempre contava. Já não somos mais tão corajosos e destemidos, aprendemos a pensar, e é justamente isso que nos impede de se jogar.

Não sei bem o momento pelo qual você está passando agora, mas tenho certeza de que já passou por tantos outros, que nem deveria de preocupar com essa dor passageira. Aprendemos a medir as consequências dos nossos atos, mas esquecemos de que as vezes viver é ser inconsequente, e que com cada erro vem o aprendizado.

Eu já errei centenas de vezes, já machuquei pessoas que eu amava, mas também já tive coragem suficiente de me jogar no que acreditava. Foi com cada tropeço que descobri o que eu realmente queria para minha vida. Foi no meio das lágrimas que a vida me mostrou que nenhuma dor dura para sempre, cabe a você se tornar mais forte.

Positividade, para quando a coisa apertar e quando as coisas fugirem do nosso controle. Otimismo, daqueles que ninguém suporta. Amor, daqueles incontroláveis, porque agir com o coração ainda vai ser a coisa mais honesta e sábia que podemos fazer.

A vida pode tomar o rumo que você quiser, você pode ser o que você quiser, e você sabe, isso só depende exclusivamente de você.
Depende do que você escolhe hoje, dos medos que supera hoje, das dúvidas que hoje você deixa para trás. Se joga, tenta, tenta de novo, o acerto só acontece assim, e não quando nos esquivamos.

Sonhe, abra a mente, abra o coração também, deixe que os melhores sentimentos habitem dentro de você, que então, tudo se transformará. Boas vibrações e a fé, movem montanhas, acredite.

Já sentiu saudade hoje?


Saudade. Palavra que só de pronunciar dá um nó na garganta, que aperta a cada salto no tempo que a gente dá.

Saudades de pessoas, de momentos, de tempos, e por mais que você tente trazer algo de volta, não funciona, não flui, porque as pessoas mudam, eu mudei e você também, e isso é natural. Preocupante seria se continuássemos as mesmas pessoas que eramos a 10 anos atrás, se ninguém mudasse, não evoluiríamos. Mesmo assim, dá saudade, né?

Despreocupados, com milhares de sonhos que todo mundo julgava ser impossível, mas que para você: não eram. O mundo nos convence a acreditar que as coisas são difíceis, e sonhar? Ah, sonhar é só para quem é louco. Saudades de ser louco também.

Só sentimos saudade quando vivemos algo intenso, amamos e tivemos as melhores pessoas do lado, saudade é para quem soube aproveitar aquele momento que todo mundo se preocupava com alguma coisa, menos você, que se preocupou apenas em viver.

As coisas podem até parecerem meio vazias agora, pode ser que a saudade faça você se sentir meio sozinho, como eu me sinto agora. Pode ser, que você tenha a sensação de que poderia ter sido alguém melhor para aquelas pessoas que esperavam isso de você. Pode ser também, que você se culpe por não ser aquela mesma pessoa, mas, muitas vezes precisamos agradecer ao mundo por nos permitir mudar.

Sentir saudade faz parte, mas viver parado nela, te impede de descobrir tudo que você ainda tem pela frente. A vida é assim, algumas portas fecham, outras abrem, o que importa é ter lembranças boas, e saber levar contigo as pessoas certas.

E sempre que a saudade bater forte, avisa, grita, pede socorro, engole o orgulho e perde esse medo de parecer idiota. O que importa é apenas viver bem, com saudade ou sem.



Não sei fingir

Imagem de girl, hair, and bun

Existem pessoas que entram nas nossas vidas já com data para saírem. Algumas entram, fazem com que confiemos nelas e logo depois se vão - sem mais, nem menos. Outras, entram, quebram tudo, e se vão levando tudo que puderem.

Sinceramente, não sei como algumas pessoas que fizeram parte da minha vida por tantos anos, acompanharam tantas fases, foram confidentes, escrevemos tantas histórias, conseguem hoje passar por mim e fingir que não existo. Não é que eu imagine que sou o centro de tudo, ou que nunca fiz mal para ninguém, ou que ninguém tem o direito de me deletar, mas, a gente deveria ter pelo menos o direito de saber o motivo, o porquê.

Acredito, que temos que acordar todos os dias já pensando em fazer de tudo para não ferir as pessoas. É fácil não ferir quem amamos, o desafio está em não ferir quem ainda não amamos.

Desde pequena tenho o grande defeito de achar que as pessoas nunca irão me decepcionar, de que tudo fluirá bem, e conseguiremos passar por qualquer obstaculo que nos impeça de amar. E sim, somos fortes o bastante para enfrentar tudo, mas para isso, a pessoa do outro lado precisa querer.

Ao mesmo tempo que amar e se apegar as pessoas pareça ser algo ruim, eu sempre acreditei que não fosse. Prefiro quebrar a cara porque amei muito e fiz tudo o que pude, do que não sentir nada, viver um vazio e achar que não sentir me faz ter o direito de brincar de sentir. Mas também, existe o outro lado, o lado em que ser tão apegado as pessoas pode nos devastar e nos ferir, e nisso, já sou expert.

Algumas relações são insustentáveis, é difícil conseguir ter uma amizade verdadeira com alguém que te feriu tão profundamente, e se isso está claro para os dois lados, é aceitável se afastar durante um tempo.

O problema é que eu nunca sei o que fazer, enquanto muitos me matam de suas vidas, eu ainda continuo aqui, sem coragem nenhuma para matar ninguém.

Meu precipício


Você já se sentiu a beira de um precipício tentando sobreviver enquanto todos dizem no seu ouvido para você pular? Pois é, eu sou essa pessoa que tem tentado sobreviver.
Eu cresci rodeada de gente me dizendo o que era certo e errado, mesmo enquanto elas faziam o errado tentavam me convencer de que eu não deveria ir por esse caminho. As vezes as pessoas apontavam o dedo e me diziam que eu estava errada, enquanto a única coisa que eu estava apenas seguindo a voz do meu coração. Inúmeras vezes eu perdi a esperança nas coisas que eu acreditava, cheguei ao ápice de achar que sonhar era tolice e que eu não chegaria a lugar nenhum.

Tropecei, me ergui, cai, levantei, me quebrei, me quebraram, mentiram, eu menti, errei, erraram comigo, tentaram me matar, eu fui me matando aos poucos. Tudo isso acontece quando você erra, o que ninguém te conta é que você sempre aprende algo.

Agora é sobre nós: No começo as pessoas acreditavam que eramos perfeitos um para o outro, porque viam nossos olhos brilhando, e eu não sabia falar de outro assunto que não tivesse haver com você, eles acreditavam no que tínhamos porque imaginavam que a gente não passasse por problemas - enquanto a gente só fingia que os problemas nunca existiam. Depois de tanto tempo, eles começaram a dizer que meu lugar era longe de você, que eu só sei te fazer mal, que não sinto nada por você, e a pior parte é que eu ouvi e concordei. Mas, quando eu deixei de ouvi-los por um instante, me dei conta de que tudo que era seu continuava aqui. 

Por muito tempo coloquei a culpa nos outros, vivia dizendo que não iria dar certo, porque ninguém acreditava, mas ninguém sabia o que eu sentia, e cada parte de mim sabia exatamente para onde queria voltar. E foi então que quebrei as regras, fingi que não tinha medo do mar e me joguei. Eu sabia de todas as possibilidades, sabia do sofrimento que podia ser, mas também sabia que ainda podia haver um futuro para chamar de nosso. Eu, que tanto me importava com o que os outros pensavam, só queria saber de um pensamento: o teu.

Eles não acreditam, mesmo vendo o quanto estou mais feliz. Eles duvidam, mesmo que eu diga que tenho certeza. Mas, o grande problema é que você também duvida, no fundo, bem no fundo, você tem tanto medo quanto eu, e por mais que queira tentar, está cansado de sentir algo por mim. Eu sei, você sabe e eles também sabem, que quando as coisas ficarem difíceis para nós é exatamente quando saberemos o que realmente existe aqui.

O medo se multiplica, e as minhas esperanças se esvaem um pouco, e hoje é um daqueles dias que vou dormir dizendo para mim mesma que te perdi para sempre, mas por algum motivo, não quero aceitar, não quero acreditar. E enquanto sabe lá Deus, onde você está, no que está pensando, eu quero apenas que seja feliz, o mais feliz do mundo, porque foi assim que você me fez sentir.

A dor, a queda, medo, o precipício. Você é da onde eu quero me jogar sem para-quedas, mas você também precisa saber de onde quer se jogar, só assim, isso tudo pode terminar ou começar.